Com o advento da pandemia todos estamos atravessando um momento impar na história da humanidade. Pensando nisso decidimos escrever esse artigo que trata um pouco sobre como o mercado de decoração se manteve aquecido mesmo com a pandemia.
Nele você vai encontrar:
Com certeza você já ouviu a frase “faça você mesmo”. A frase está muito em voga durante esse período de pandemia. O isolamento social, monotonia, atividades de lazer restritas ao ambiente residencial, necessidade de criação de uma área exclusiva para estudos e trabalho são pontos que influenciam todos nós a “botarmos a mão na massa”.
Como reflexo da pandemia, passamos a dedicar mais atenção ao nosso ambiente doméstico, passamos a notar com mais perspicácia os pontos que precisam de melhoria, o que não combina mais com a personalidade dos moradores, o que não contribui com a praticidade e o que pode ser adquirido para trazer vida e aconchego ao ambiente.
Foi, justamente, essa necessidade inesperada de adaptação e mudança que ajudou o mercado de decoração a manter-se atualizado e em movimento. Projetos que focam em pequenas transformações, com orçamento acessível e que podem ser executados sem os moradores terem que se ausentar do recinto são os mais pedidos para o momento.
Troca de móveis, substituição de estampas e texturas, aquisição de novos acessórios decorativos, inserção de plantas e trabalhos de artesanato e marcenaria passaram a fazer parte da rotina.
O ambiente residencial que antes era somente um lar, hoje é sala de aula, escritório, academia, restaurante, entre outras funções. A parcela do orçamento que era gasta com lazer, degustações gastronômicas ou viagens passou a ser utilizada para dar uma nova apresentação e funcionalidade à residência.
Passar mais tempo em casa desperta nas pessoas o desejo de investir em decoração, é o que podemos constatar ao analisar os dados da ABComm, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. De acordo com os dados divulgados, entre março e abril de 2020 (período inicial da quarentena) houve um crescimento de 23,61% na venda online de móveis e utensílios para decoração.
Uma empresa do ramo que apresentou crescimento em seu fluxo de vendas foi a MadeiraMadeira – aumento de 120% em 2020; e foi em meio a pandemia que a startup curitibana especializada em móveis passou a receber o tipo de unicórnio (quando uma startup atinge valor de mercado superior a 1 bilhão). A plataforma Mercado Livre também registrou o bom momento dos artigos de decoração; itens para casa e iluminação estão entre os mais vendidos.
Outro indicativo de que o mercado de decoração tem se mantido aquecido mesmo com a pandemia pode ser atestado ao analisarmos os dados do Google Trends referentes à última Black Friday – a pesquisa por objetos para a casa cresceu 200%.
O mercado de móveis, segundo o IBGE, somente nos três primeiros meses da pandemia, teve crescimento equivalente a 30% comparado com a ano anterior– o principal item de compra da categoria foi estofado.
Para atender a alta demanda, os projetos de decoração passaram a ser cada vez mais enxutos e inteligentes – a integração de ambientes, por exemplo, tornou-se uma alternativa muito solicitada para quem busca mudanças funcionais a curto prazo.
Outro grande impacto no cotidiano e que deu fôlego ao mercado foi a necessidade de acolher e conviver com as crianças. Foi necessário recorrer ao mercado e procurar componentes que contribuíssem para a segurança e recreação da ala infantil.
Com o sucesso atual e novos hábitos do consumidor (foco em produtos para casa/decoração e compras online) a previsão é que o mercado aproveite a tendência e invista em acessórios e peças que valorizem os ambientes internos, facilitem a adaptação para o home office e promovam conforto.